Numa rápida consulta ao dicionário podemos entender que social é "relativo à organização e à satisfação dos indivíduos em sociedade" . Na mesma fonte, caridade é
"bondade, benevolência, ato de beneficência"; ainda: "virtude teologal que consiste em amar à Deus acima de todas as coisas e amar o próximo por amor de Deus".
Nossa cidade, nossa região possui uma característica muito forte que é a pratica da caridade e da benevolência. Talvez a história explique que parte deste lado social do povo se deva à vontade de diminuir diferenças sociais, de abrandar à fome e o frio que cercam o nosso irmão carente. E todo este servir deve ser discreto e desinteressado, sem o mínimo alarde. Em outras palavras "Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita".
Mas a carência nem sempre é de pão. Nem sempre é de um cobertor. Neste século de tantas tecnologias e evoluções surgiu uma carência que assola ricos e pobres, que encontra pessoas com e sem estudo, novos e velhos. É a falta de diálogo, a falta de amigos. Se fome de pão se resolve com pão, a fome de amigos e de diálogo se resolve com palavras, com carinho e amor. E só pode dar quem tem. E a maior fonte está na família, verdadeira célula da igreja.
Nas empresas o lado social tem sido muito trabalhado nos últimos tempos. Cada vez mais é comum encontrarmos empresas, empresários e trabalhadores se envolvendo com a causa social. Pessoas diferentes unidas num objetivo comum que é o de diminuir diferenças. Todos já perceberam que quanto menos diferenças houver melhor será a vida de todos. E quanto mais respeito existir, maior compreensão, melhor para todos. Na prática é apenas aplicar o que Jesus viveu e pregou. Nada além!
De nada adianta eu trabalhar bastante, ter bom salário, pagar boa escola para meus filhos e ainda ter dinheiro para o lazer se eu não tiver segurança para chegar em algum lugar. Não terei equilíbrio emocional algum se quando estiver num restaurante souber que lá fora há alguém com fome. É uma questão extremamente ampla que envolve a sociedade como um todo, da família às empresas, da Igreja à política. Está aí mais um motivo para que tenhamos coragem de participar, envolver e cobrar ações que tragam melhorias indistintas porque moramos no mesmo planeta, estamos no mesmo barco e queremos o melhor. Para todos!
E esta capacidade de mudança é inerente ao ser humano, ao Cristão, ao Católico. O Papa Francisco em recente missa na Casa Santa Maria afirmou "que quando o Cristão não é sal de fé, esperança e caridade para os outros, quando não é o sal de Jesus torna-se insípido e se converte em um 'cristão de museu' que não faz nada".
Ele deixou bem claro, foi muito mais que um recado, foi uma lição, um ensinamento e um convite, não mais à reflexão e sim à Ação! É hora de trabalho, de luta para diminuir às diferenças sociais. É hora de levar pão e abrigo ao irmão menos afortunado pela sorte. Mas também é hora de levar oportunidade e respeito. E é hora de cobrar de quem mais pode fazer por eles e por todos nós. Exatamente como fez Jesus!
Fúlvio Ferreira
Comerciante, palestrante e
consultor em comércio varejista.
consultor em comércio varejista.
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