quinta-feira, 12 de maio de 2016

Era uma casa ...



Conheci uma casa, uma bela casa.
Toda pintada de azul e com janelas amarelas.
Por dentro, branco e muito verde no jardim.
Foi edificada por trabalhadores vindos de várias regiões o que lhe deu características bem ecléticas.

Esta casa, muito grande por sinal, está localizada num bairro que era novo. Era promessa de ser o bairro do futuro mas como o tempo foi passando ela ficou ultrapassada. 
É bem verdade que ao longo do tempo algumas obras foram feitas: alterações, reformas e ampliações; mas quase todas com baixa qualidade de materiais e muito mal feitas. 
O resultado? Catastrófico!

Por um tempo esta casa recebeu boa gerência mas de um tempo para cá literalmente ficou às traças!
Ou melhor, ficou jogada aos mosquitos aedes e aos animais peçonhentos.
Por todos os lados se viam ratos, especialmente enquanto os moradores iam trabalhar.
Quanto eles voltavam do labor e se entretiam com os afazeres domésticos os ratos tratavam de carregar os valores das pessoas; sobravam ninharias.

De quando em quando, porém, os ratos se vestiam de ternos e gravatas, pareciam Mickeys.
Se passavam de bonzinhos e novamente conseguiam iludir os pobres moradores que acreditavam que tudo iria mudar.

Um belo dia eis que surgiu um gato lá do morro. Aos poucos começou a assustar os ratos e ameaçou afugentá-los. Um reboliço foi se formando. A aparente harmonia que reinava entre os roedores de todas as tribos e de várias cores começou a mudar. 
Uns que apoiavam outros passaram a não mais se entender. O queijo, que era tirado diariamente da mesa dos moradores, passou a ser descoberto e alguns ratos, os mais comedidos, passaram a exigir que os outros, os mais discarados, mudassem de postura.

A novela ainda não acabou. Os moradores agora estão atentos, ou melhor, quase todos porque ainda tem alguns que se alimentam do queijo e estão confortáveis com a situação.

A maioria, entretanto, acredita que tudo vai mudar!
Torce pelo gato do morro!
Torce pela justiça!
E torce para que a casa volte a ser limpa, com suas paredes azuis, suas janelas amarelas, interior branco e seu jardim verde, bem verde!

Estes moradores, povo de bem, espera que os reinadores da Casa façam o melhor pelo povo e despachem todos os ratos para bem longe, oxalá para alguma tuba.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Não perca negócios



Nas minhas andanças pelo Brasil afora eu visito diversas empresas. Desde grandes redes até lojas pequenas com alguma característica particular. 

A diversidade vai desde o ramo de atuação, passa pela variedade e pelo porte e vai até a localização.

Em verdade tudo isto não importa; inclusive se a empresa está numa cidade grande, média ou pequena. Se a loja está num movimentado shopping ou num bairro pacato. O que vale de verdade, o que importa mesmo é a atitude, a pegada da equipe de vendas.

E chega a assustar a quantidade de empresas que, mesmo nestes tempos de dificuldades, insistem em manter regras rígidas.

Tanto vendedores quanto gerentes e proprietários precisam ter liberdade, autonomia e competência para negociar. Ora, estamos em tempos de muita turbulência. Cada empresa está voando num céu onde há muitas nuvens e todas muito carregadas. 
Portanto todo piloto de empresa deve ter habilidade suficiente para entender o mercado e saber que não se pode perder nenhuma venda.
Ouça o cliente, argumente, negocie.
Devemos sim vender valor mas perder negócio não deve estar na Cartilha da Crise.

E o cliente tem plena consciência do momento. E dá cada vez mais valor ao seu dinheiro. Ele sabe que deve pechinchar, negociar e buscar esticar ao máximo o seu dinheiro.

Assim, não perca nenhum negócio.
Seja você vendedor, gerente ou mesmo o gestor da empresa, tenha plena ciência do momento e das regras da empresa. Mas seja sensível aos apelos dos clientes e saiba que as vezes é melhor mudar a rota e chegar ao destino do que insistir numa linha rígida e perder altitude correndo o sério risco de cair e morrer na praia.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Socialização


Estávamos em cinco pessoas numa sala de espera. Na mesa de centro estavam algumas revistas milimetricamente organizadas, a televisão ligada e falando prás paredes. E todas as pessoas daquele ambiente estavam conectadas.

Estava até engraçado aquela cena, todos de cabeça baixa olhando e teclando em seus celulares. E a secretária, entre um telefonema e outro, também mexia no celular.
De repente percebi que a pessoa que estava próxima de mim se espreguiçou, olhei para ela. Poucos segundos depois uma outra pessoa se levantou; uma terceira começou a conversar pelo telefone. Eu também parei de usar o celular, e sabem por quê?
Porque a conexão com a internet havia caído!

Infelizmente esta situação está mais comum do que imaginamos: pessoas próximas e distantes ao mesmo tempo.
Isso acontece em salas de espera, em veículos de transporte coletivo, em bares, restaurantes e até nas escolas. Estamos perdendo a noção do que é tecnologia, estamos permitindo nos tornar escravos de redes sociais, de aplicativos de comunicação e de e-mails. Na maioria das vezes não temos coragem de usar o botão desliga destes aparelhos que possuem conexão com internet e que nos colocam em contato com o mundo virtual e nos afastam do mundo real.

E este mundo físico é onde podemos olhar nos olhos, onde podemos sentir o calor e o valor de um abraço.
Onde podemos conversar sem usar carinhas para expressar sentimentos, mas podemos e devemos usar expressões faciais para denotar nossos verdadeiros e reais sentimentos.

Enquanto pessoas somos sim sensíveis e sociais. Carecemos de relacionamentos e precisamos dar e receber calor humano.
Porque nada supera um sorriso real e nada jamais vai substituir um carinho, um afago, um abraço e uma palavra amiga.

Me conteste quem nunca recebeu um cafuné nos cabelos! 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O quê mudou?


Desde a infância, nos primeiros anos escolares, que aprendemos algumas coisas importantes na história sobre a data de 21 de abril.

É o dia que marca a morte de Tiradentes, também é o dia em que foi inaugurada a bela cidade de Brasília e mais recentemente é o dia da morte de Tancredo Neves.

O Brasil era colônia de Portugal. Trabalhávamos muito para sustentar todo o luxo e riqueza da Corte. A cobrança de impostos era exagerada; pagávamos um quinto de tudo era extraído nas minas de ouro.

Em 21 de abril de 1960 foi inaugurada a cidade de Brasília, construída para ser a sede do Governo Brasileiro.

E em 21 de abril de 1985 morreu Tancredo Neves, primeiro presidente eleito, indiretamente, após a série de Presidentes Militares.

Uma data, um feriado e três comemorações. Tudo seria muito lindo e histórico se não fosse por alguns equívocos:
Comemoramos a morte de homem que talvez tenha sido o boi de piranha de um grupo que representava a voz da população, especialmente dos produtores, que não mais aguentavam pagar tantos impostos e sustentar uma elite que não trabalhava. 

Duzentos e vinte e sete anos depois eu pergunto:
O quê mudou?
Continuamos pagando muitos impostos e sustentando pessoas que não trabalham!
Mudou a carga tributária sim.
Hoje ela é muito maior do que na época da Inconfidência Mineira.
Mudou a quantidade de cargos na Corte; hoje existem muito mais pessoas orbitando no Poder Central vivendo de modo luxuoso e requintado às custas de pessoas de bem, mulheres e homens trabalhadores como eu e você.

A projetada cidade, hoje patrimônio mundial da Unesco, virou palco de tramoias, negociatas e uma sorte infindável de crimes contra o povo.

E Tancredo Neves, o homem que viveu da política e para a política, era uma esperança. Quase virou mito mas aí chegou o Big Brother e a nossa limitada cultura tratou de apagar a história.

Estamos exatamente num momento histórico para o país. Admitimos por longos anos a permanência de carrapatos em nossas vidas. Estamos pálidos, fracos e cansados de tanto que os aracnídeos nos sugaram o sangue. Mas desejo força e determinação para que, definitivamente, tenhamos coragem e condições para extirpar tudo o que nos avilta da justiça, da ordem e do progresso!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Há espaço para melhorar?



Tenho o hábito, sempre que me cumprimentam e me perguntam como estão as coisas, de responder:
Está tudo bem, mas há espaço para melhorar!

Por isso muitas pessoas me chamam de otimista, mesmo numa semana extremamente importante e delicada para o Brasil. Talvez a maioria da população ainda não tenha percebido mas, num futuro muito próximo, os livros de história, de política e também de Direito hão de dedicar capítulos inteiros ao momento pelo qual estamos passando. E os autores de economia, creio, estes vão escrever livros inteiros retratando as causas e efeitos desta crise histórica para nosso país.

No mês de março passado, em especial, a população foi às ruas. Hoje os movimentos populares continuam mas muito mais concentrados na Capital Federal. Os bastidores estão movimentados. Acordos e negociatas devem estar acontecendo a todo instante afinal, serão eles, os legisladores, nossos parlamentares que vão decidir o futuro de todos nós!

Precisamos nos manter alertas! 
Defender nossas convicções, quaisquer que sejam elas; oxalá sejam lúcidas, justas e que visem o bem da nação.
E enquanto isso continuaremos levantando cedo e indo trabalhar, indo à luta. Muitos destes guerreiros indo lutar para conseguir um emprego porque nos últimos meses, reflexo desta crise sem precedentes, muitas empresas fecharam e um número grandioso de outras estão com dificuldades severas.

Que Deus nos guarde!
Acredito que uma nova era está surgindo.
Que todos os homens públicos sejam, doravante, pessoas de bem, envolvidas com a sociedade porque verdadeiramente emergiram dela e um dia fatalmente serão novamente pessoas comuns.
E enquanto isso fiquemos vigilantes.
E não apenas, como disse cantor e compositor mineiro Zé Geraldo, "dando milho aos pombos"!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Treine e venda mais!




Me perguntaram recentemente porquê umas empresas atendem tão bem enquanto outras atendem tão mal?

A diferença salta aos olhos! 
É incrível como vendedores de uma loja podem ser dedicados e atenciosos enquanto outros esperam que você os chame e peça para ser atendido.

Um cliente me contou que recentemente esteve numa loja de artigos esportivos acompanhado de seu filho de 15 anos. Entraram na loja e se dirigiram até uma vendedora. Cumprimentaram-na e o pai disse a ela: quero dar um par de tênis para meu filho.
Ela imediatamente respondeu:
Que bom!
E se voltou para o rapaz e lhe perguntou que tipo de tênis ele queria, qual o modelo e qual a cor.
Quando o adolescente respondeu que não tinha definido e que gostaria de ver os modelos existentes, o semblante da vendedora mudou. 
Se transfigurou na imagem de uma pessoa tranquila para a imagem de uma pessoa que está diante da maior barreira que possa existir para fechar qualquer venda.

A vendedora, em verdade, claramente deu sinais de dificuldade e de preguiça.
Dificuldade em traduzir os anseios e vontades do garoto em opções e sugestões.
Preguiça de ouvir, de perguntar mais e de ir até o estoque checar o que havia.

Podemos definir que havia descaso e desinteresse em servir.
Mas por quê?
Qual é a razão desta ação?
Seguramente a vendedora não gosta de pessoas.
E, em segundo plano, a moça não possui nenhuma capacitação técnica para vender calçados.

Essa história nos leva a refletir:
- será que eu tenho feito a minha parte no contexto da empresa, contexto social e escolar?
- quanto custa atrair um cliente para dentro da loja?
- vale a pena investir em cursos em palestras?

Ora, claro que sim!
Pessoas tristes, de baixo astral atraem para a empresa energia negativa.
O contrário é verdadeiro:
Pessoas bem treinadas, com capacidade de desprendimento e que possuem garra, determinação e ação estão prontas para o que vir pela frente.
Uma pessoa que aceita uma tarefa, que topa um desafio esta é a pessoa que fará diferença.
Que saberá ouvir, entender e oferecer.

E quando se entende o cliente, quando seus olhos brilham por aquela mercadoria aí a venda está decidida. Situações como pagamento, se haverá entrega em domicílio entre outros são importantes e aí será o momento oportuno de estreitar relacionamentos, fazer vendas adicionais e formar clientela.

Então será a hora de fazer com que seus clientes se transformem em amigos; aliás, muito mais, que eles se transformem em curtidores e em fãs!
Porque os fãs são fiéis, te defendem e serão passionais por você, pela marca e por sua história!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Eu que lhe agradeço!


Na última semana eu estava em Belo Horizonte num movimentado cruzamento entre duas importantes avenidas.

Durou apenas 5 minutos o meu "castigo" de esperar um táxi. Assim que entrei no veículo eu cumprimentei o motorista e o agradeci por estar ali ao que, para minha surpresa, me respondeu:
"Eu que lhe agradeço por me 'dar' serviço."

Isso foi o início de uma agradável conversa até o meu destino. Falamos sobre carros, sobre o trânsito e sobre a situação atual. Me confidenciou que o antigo costume de trocar seu veículo de trabalho a cada dois anos foi modificado pela circunstância do país.
E que a demanda por serviços de táxis na capital mineira caiu bastante, infelizmente.

Triste situação que acompanha todos os setores. Em verdade precisamos de pouco para começar a mudar esta realidade. Exatamente hoje existem muitas pessoas apertadas financeiramente. Mas exatamente hoje também existem muitas pessoas prontas para comprar móveis, para trocar de carro, para reformar uma casa. E existem muitas empresas que querem investir de alguma forma mas estão esperando algo acontecer, esperando alguma ação vinda "da corte" que possa resgatar a esperança e a confiança em todos nós.

Posso assegurar, tão logo medidas macro aconteçam, tão logo o otimismo volte a reinar a economia dará sinais de recuperação, o consumo voltará a crescer e o Brasil irá, aos poucos, se reencontrar.

Então o meu "novo amigo taxista" trocará seu carro e lentamente todos iremos consumir mais e aí haverá mais empregos, mais renda e, claro, mais dinheiro nos cofres públicos para que o Governo faça sua real função com total zelo e respeito ao erário.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Páscoa



Estamos em plena Semana Santa. Neste período pessoas cristãs do mundo todo celebram a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

Por paixão podemos entender como o período de dor, de sacrifício e de luta pelo qual passou nosso redentor. A morte; o fim (?). E a ressurreição surge como o inesperado, como aquilo que era da vontade porém nos faltava a fé.

Pois bem, em nossas vidas profissionais e empresariais passar por paixões é mais comum do que pensamos. Creio que a maioria de nós, exatamente neste momento, esteja passando por uma período de dificuldades, por um período de poucos clientes e de pouco movimento. Um tempo de aridez comercial onde as vendas estão escassas mas os custos elevados. 

E infelizmente muitos profissionais e muitas empresas estão vendo seu limite chegar. Já cortaram investimentos, já diminuíram seus tamanhos e por fim demitiram. Mesmo assim continuam agonizando e agora o fim é quase inevitável. A morte parece certa.

Apesar das dificuldades, apesar de jogo desigual pelo qual estamos passando mister que todo empresário e que todo profissional tenha fé. Creia que é possível e que a vitória chegará. A história conta que será no terceiro dia. 

Mas o quê representa este terceiro dia?
Entre aquilo que parecia a morte e a ressurreição muitos amigos e seguidores de Jesus ficaram rezando, outros ficaram em vigília e outros, mesmo inconformados, seguiram suas vidas. Porém a maioria deles, de uma forma ou de outra, acreditaram. Isto é fundamental!

Precisamos sim acreditar. Crer que está chegando o momento da ressurreição, da passagem. E que o melhor virá! Mas é importante que haja o preparo. Preparar nossos corações e mentes; o primeiro, com a fé e o segundo, com conhecimentos que se dá através de cursos, leituras e palestras porque quando Jesus passar eu quero estar no meu lugar.

Então chega de se lamentar, mãos à obra.
É hora de crer que a Páscoa está chegando e que o melhor vai acontecer.
"Crês tu nisso?"