quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Praça




Quem tem perto de 40 anos e aqueles que têm mais se lembram que na infância ir na pracinha era um ótimo passeio.

O modelo brasileiro de núcleos urbanos, em geral, surgiu a partir de uma Igreja e na sua frente uma praça. E em torno da praça as melhores casas, lojas, clube da cidade e a partir da própria praça a cidade ia se estendendo e crescendo.

Nas nossas infâncias, e isto foi há poucos anos, a praça era um local bonito, limpo, com plantas e flores. Era um ponto de referência e sempre aprazível. Aliás, nas praças era comum ter o "guarda da praça". Era em geral um homem, um pai de família que morava por perto e que era o zelador da praça. Cuidava para que nada de errado acontecesse, fosse com as plantas, com os bancos e demais equipamentos públicos ou mesmo com o ambiente. Isto é, nada de algazarra e desrespeito.

Isto era a regra da pracinha perto da minha casa e do colégio aonde eu estudava. Mas também era a regra de todas as outras praças, inclusive da praça central da cidade.

E hoje?
Como está a praça perto da sua casa? 
Seus filhos podem ir lá brincar? 
Você tem tranquilidade de permitir que os adolescentes fiquem por lá conversando com colegas? 

E a praça central da cidade? 
Além de beleza e limpeza é um lugar prazeroso?
Agradável?
Será que a praça ainda pode ser considerada um "cartão postal" ? 
Um ponto de referência onde todos os moradores da cidade tenham orgulho?
Ou virou ponto de ambulantes, de mendicância onde as plantas estão morrendo, os bancos quebrados e os outros equipamentos públicos ao Deus-dará ?

Infelizmente as praças são mais um reflexo do novo Brasil, um país onde a ordem e o progresso viraram folclore e tudo que é público não é tratado com zelo, atenção e tampouco respeito!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Dia do Cliente



Na última terça-feira, 15 de setembro, foi comemorado o Dia do Cliente. 

Esta data foi criada por iniciativa do empresário e palestrante João Carlos Rego e já consta no calendário oficial de muitas federações empresariais, associações comerciais, cdl's e empresas.

Inobstante ser uma data criada há poucos anos é importante que possua projeção. Ainda hoje são poucas entidades e empresários que sabem dela. É extremamente importante que esta data seja potencializada e que seja comemorada.

Apesar disto algumas lojas e empresas lembraram desta data e divulgaram em suas redes sociais, canais de publicidade, sites e vitrines algum tipo de homenagem. E o que é melhor: ofereceram descontos e vantagens aos seus clientes.

É inegável que todos os dias são do cliente. Mas é muito legal ter um dia dedicado a ele. Ter um dia onde todas as empresas possam dizer: muito obrigado! E é também um momento onde todas as pessoas são clientes: eu, você, o jovem, a criança, o idoso enfim, todos, em algum momento somos cliente. E como tal precisamos ser reconhecidos e valorizados!

Assim, na Semana do Cliente, a melhor maneira de reconhecer o valor e a importância do cliente é atendê-lo bem em todos os sentidos. É por isso que, antes de atender, o vendedor deve se colocar no seu lugar. Hoje não vale mais querer atender como ele vendedor gostaria de ser atendido, hoje o vendedor precisa atender como o cliente quer ser atendido. 

E não importa se o dia for 15 de setembro, 17 de outubro ou amanhã. Todo dia é Dia do Cliente e todo dia é dia de atender bem, aliás, é dia de atender muito bem! 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Crise?


Sim, estamos em crise! Se ela é moral, se ela é política ou se é de credibilidade já não mais há necessidade de se de definir. O fato é que tenha a origem que tiver hoje ela se alastrou e corrompe nossas finanças e valores.

Não me refiro ao patrimônio do país ou ao valor da Petrobras ou aos milhões canalizados à refinaria de petróleo localizada em Pasadena no Texas, nos Estados Unidos.
Me refiro ao dinheiro que cada um traz em sua carteira que serve para pagar as contas do dia a dia.
Aquele dinheiro que é fruto do seu labor, com sacrifício, dedicação e honestidade.

Me refiro a firmeza do emprego porque as empresas aonde cada um de nós trabalha estão sufocadas com tantas obrigações e vai chegar um dia aonde as demissões serão inevitáveis porque a cada dia que passa se vende menos.

O grande compositor argentino León Gieco na obra "Sólo le pido a Dios" (Eu só peço a Deus; no Brasil imortalizada nas vozes de Mercedes Sosa e Beth Carvalho) escreveu 
".... Eu só peço a Deus, que a guerra não me seja indiferente, é um monstro grande e pisa forte toda pobre inocência desta gente..."

Todos nós, neste período amargo da história estamos no mesmo barco. Sejamos empregados ou empregadores estamos sufocados por tanta mentira e por tanta lama. Nossas economias sendo reduzidas e a capacidade de reinvestimento e modernização das empresas indo a zero. Enquanto isso os "paladinos da verdade" se esforçam em criar novas histórias onde possam nos manter iludidos e dispostos a pagar uma conta que não é nossa.

Precisamos acordar! É hora de afastar todos os ogros desta nação enquanto ainda temos forças, enquanto ainda possuímos uma chama de esperança.

Daqui, da minha humilde resiliência, torço para que aprendamos muito com este período. Que realmente esta guerra onde prevalece o embuste, os mandos e desmandos, nos ensine de uma vez por todas a sermos mais céticos, mais atentos e que não aceitemos mais a mentira como prato do dia.

E oxalá a inocência deste jovem país definitivamente se transforme em maturidade que se inicie na capacidade de enxergar, passe pelo discernimento e deságue nas atitudes salutares e proativas que só um povo maduro consegue ter.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Independência


Talvez você não saiba mas na próxima segunda-feira será feriado! E talvez você também não saiba mas neste feriado nacional será comemorado mais um aniversário de independência.

Segundo os dicionários independência significa "desassociação de um ser em relação ao outro do qual dependia ou era por ele dominado. 
Mas existe outro conceito chamado Globalização que é "um dos processos de aprofundamento internacional de integração econômica, social, cultural e política ..."

Isto quer dizer que durante muito tempo tentamos ser independentes e no final do século passado fomos envolvidos com globalização?

Segundo alguns economistas mais céticos desde o épico Grito de Independência passamos a viver sob dependência financeira e cultural. E quando veio a Globalização passamos a dividir lucros e assumir problemas alheios.

E em nossas empresas, como estamos?
E em nossas empresas domésticas, isto é, nas nossas casas, temos vivido com independência ou as nossas despesas dependem de financiamento externo? 
Será que temos sido mais sociais e menos empreendedores?

Talvez seja hora de rever alguns conceitos;
Talvez seja a hora de depender menos dos outros.
Ou com outras palavras, consumir de modo inteligente evitando comprar com muito prazo e pagando muitos juros.
Talvez seja a hora de poupar antes e pagar à vista ou com pouco prazo.

Porque precisamos consumir mas que o consumo seja consciente e responsável.
E porque o comércio precisa vender mas não pode e não deve e nem quer engessar a sua capacidade de compra dos meses seguintes tampouco deixar as suas economias no vermelho.