quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Reconhecimento



O jornalista e escritor Caio Fernando de Abreu, que viveu entre 1948 e 1996, escreveu a célebre frase "quem não é visto não é lembrado".

Pode parecer uma afirmativa tendenciosa para atrair a atenção e investimento das empresas para os meios de comunicação. Toda propaganda, claro, é muito bem vinda especialmente para divulgar e manter acesa e lembrada a sua empresa e a sua marca.

Mas cabe, aqui, falar que o caráter inicial da frase é outro.
Faço uma análise desta frase sob a ótica comercial. Qualquer empresa, qualquer marca precisa construir dia-a-dia a sua reputação. E essa boa fama é alicerçada em investimentos, propaganda e, de modo especial, nas suas ações. O mercado está atento a forma como os seus clientes são tratados, se as leis são respeitadas, se a empresa cumpre o que promete, se é transparente e honesta e se atende com carinho e competência.

A perenidade e a longevidade de qualquer empresa está diretamente ligada a todos estes fatores. E muito mais que os resultados financeiros, o que se constrói de mais importante na vida das empresas é a reputação. Porque só através dela que todos os outros valores e adjetivos são compilados em torno do servir. Servir ao cliente!

Qualquer empresa que assim proceder terá chances gigantescas de obter sucesso. E este sucesso virá através dos seus clientes que vão falar bem e reconhecer todo o conjunto de ações que vão desde o atendimento até a publicidade fazendo valer a frase "quem não é visto não é lembrado."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Taxas de Juros




Nos últimos anos o termo empreendedor se tornou comum e passou a significar, em linhas gerais, aquele empresário dono de uma ideia, com grande capacidade gerencial e sem ou com quase nenhum dinheiro.

O empreendedorismo passou a ser elogiado porque é a característica daquele que monta um negócio, gera emprego e recolhe impostos. Mas para que isto aconteça é necessário, além da boa ideia e da coragem _ que são características empreendedoras _ que haja dinheiro.

Mas este dinheiro é captado nas instituições bancárias. A partir do momento que este recurso se torna "mais caro" menos pessoas corajosas tem audácia para fazer empréstimo, montar uma empresa e gerar emprego. O resultado direto é a falta de novas vagas de emprego.

Paralelamente a isto temos as empresas já existentes. Elas compram, vendem e precisam de Capital de Giro. Em todas as atividades do empresário ele, em algum momento, precisa de dinheiro externo. A partir do momento que este recurso se torna mais caro a empresa começa a andar mais devagar, a encolher e encerrar as atividades é um caminho natural. Resultado: fechamento de vagas, desemprego e menos impostos recolhidos aos cofres públicos.

Os clientes também precisam de financiamento. Seja para uma compra de pequeno valor, seja para comprar um bem durável, um móvel, um imóvel, seja para acudir qualquer necessidade. E para tanto o cliente, a pessoa física, também vai buscar este recurso no mercado financeiro. E quando este recurso está mais caro,  isto é, com juros mais altos, acontece duas coisas: ou ele pega este empréstimo e engessa suas economias e os meses seguintes ou se torna inadimplente. No primeiro caso ele pára de consumir o que é péssimo para o mercado que vai vender menos, recolher menos impostos e demitir. E no segundo caso vai parar de consumir a prazo porque ficará sem crédito, com o nome sujo na praça. Aqui o mercado sentirá igualmente e os bancos e financeiras vão aumentar ainda mais os juros porque levará em consideração esta inadimplência.

Sobre inadimplência tanto o mercado comercial quanto o financeiro colocam o ingrediente risco na formação de preços; para bancos e financeiras o preço é a taxa de juros.
Infelizmente em todos os mercados e em todo o país as taxas de juros cobradas tem subido sistematicamente. De modo direto e rápido afeta a economia do Brasil. 

Não mais apenas os setores produtivos mas toda a população esperam que o Governo Federal tome atitude urgente para que o país retome o rumo certo. 
Precisamos ver e sentir ações concretas em benefício de todos para que o nível de confiança suba e todos voltem a investir, a produzir, comprar, vender e recolher impostos para que, aí sim, o Governo tenha recursos para fazer ações sociais.

Porque nos últimos tempos temos visto exatamente o contrário: um Governo inconsequente e corrupto!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mas você ofereceu?



O palco: uma conceituada loja de confecções masculinas. 
Em cena: eu, o cliente e um simpático vendedor.

Era sábado e eu fui até a loja. Tão logo entrei já passou por mim um vendedor que estava atendendo outro cliente e, de maneira cortês, me cumprimentou pelo nome. Em seguida veio um vendedor para me atender. Foi simpático na abordagem e, após saber que eu queria ver sapatos, me perguntou a numeração. Depois da resposta ele me conduziu até um móvel e me disse "todos estes modelos são 42". De pronto identifiquei o modelo que eu queria porém deveria ser de cor preta. Ele me respondeu "infelizmente não tem". Agradeci e fui embora.

Mas fui embora pensando "coitado dele e do dono da loja". Este rapaz foi simpático mas não fez a lição de casa. Aceitou facilmente a derrota; o cliente disse não e ele não lutou, não ofereceu outras mercadorias.

Em vendas é primordial que o vendedor ofereça. 
Ora, naquela situação vamos combinar que eu, enquanto cliente, sabia o que queria, não servia o modelo marrom; até aí tudo bem. Mas e todo o resto da loja? E outros calçados ? E as calças? As camisas? As bermudas? Os ternos, as meias, os cintos e tantos outros produtos?

Cada pessoa que trabalha no varejo obrigatoriamente precisa lembrar que vivemos de vendas. Cada venda fechada será mais uma comissão.
E precisa lembrar também que, muito mais que o salário, o vendedor tem uma missão que é servir as pessoas. E a melhor maneira de servir um cliente é oferecendo produtos e serviços que vão deixá-lo feliz e contente.

E quando um cliente vê que suas expectativas foram superadas ele aumenta a percepção de valor para aquela loja. E se o cliente fica satisfeito ele volta e conta para todos os seus amigos que naquela loja o atendimento é nota 10!

Porque hoje o cliente é muito mais seletivo e exigente. O cliente quer show e para que isto aconteça todo vendedor tem que mostrar educação, preparo e oferecer a mercadoria, criar uma atmosfera onde o cliente queira e sinta necessidade de comprar.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Casa "da gente"



Dias destes eu li numa postagem de uma rede social que coisa boa é, após uma viagem, usar o banheiro da casa da gente.
Concordei, é claro, mas acrescento: coisa boa, após uma viagem, é usar o banheiro, a cozinha, o quarto, sala..... tudo da casa da gente.

Imagine uma viagem onde  você esteve hospedado num hotel bacana, com ótima estrutura e com um alto nível de luxo. Um banheiro enorme e com toalhas grandes e bem felpudas. Mesmo assim você adora e aprecia quando chega em casa, é muito bom matar saudade de seu banheiro....

E este conjunto de coisas boas, essa Casa da Gente, deve ser extendido à nossa cidade.

Quando se viaja, quando se estabelece um referencial para a sua cidade temos criado então um termo de comparação. Isto é o mesmo que dizer que,  a partir deste momento, podemos _ e até devemos _ comparar as coisas da nossa cidade com as coisas de outra cidade.

Aí poderemos dizer que a rodoviária, por exemplo, de cidade tal é melhor nisso, nisso e naquilo que a rodoviária da nossa cidade, porém nestes outros aspectos a nossa rodoviária é melhor.

As praças, as entradas da cidade idem, idem.
Cuidado para não elogiar apenas baseado na fachada de algum lugar e cuidado para não criticar sem conhecer a fundo: escolas por exemplo. 

Temos, todavia, que deixar um pouco de lado a excessiva paixão. Seja paixão pela nossa cidade, seja o oposto.
Explico: precisamos ser um pouco racionais quando o assunto é nossa cidade; mas precisamos também deixar de lado a excessiva paixão por apenas criticar, por apenas "meter o pau".

Claro que devemos apontar os erros e devemos zelar para que eles sejam corrijidos, mas não devemos entrar numa sintonia apenas de crítica. Existem coisas boas e são várias! E nada como viajar para poder enxergar de maneira mais lúcida e clara quantas e quantas coisas boas nossa cidade possui.

A crítica ao que merece ser criticado é importante, mas o zelo e o elogio ao que merece são ainda mais!
Porque é muito bom poder usar por completo a nossa Casa! Ah a nossa casa . . .  !