Nos últimos anos o termo empreendedor se tornou comum e passou a significar, em linhas gerais, aquele empresário dono de uma ideia, com grande capacidade gerencial e sem ou com quase nenhum dinheiro.
O empreendedorismo passou a ser elogiado porque é a característica daquele que monta um negócio, gera emprego e recolhe impostos. Mas para que isto aconteça é necessário, além da boa ideia e da coragem _ que são características empreendedoras _ que haja dinheiro.
Mas este dinheiro é captado nas instituições bancárias. A partir do momento que este recurso se torna "mais caro" menos pessoas corajosas tem audácia para fazer empréstimo, montar uma empresa e gerar emprego. O resultado direto é a falta de novas vagas de emprego.
Paralelamente a isto temos as empresas já existentes. Elas compram, vendem e precisam de Capital de Giro. Em todas as atividades do empresário ele, em algum momento, precisa de dinheiro externo. A partir do momento que este recurso se torna mais caro a empresa começa a andar mais devagar, a encolher e encerrar as atividades é um caminho natural. Resultado: fechamento de vagas, desemprego e menos impostos recolhidos aos cofres públicos.
Os clientes também precisam de financiamento. Seja para uma compra de pequeno valor, seja para comprar um bem durável, um móvel, um imóvel, seja para acudir qualquer necessidade. E para tanto o cliente, a pessoa física, também vai buscar este recurso no mercado financeiro. E quando este recurso está mais caro, isto é, com juros mais altos, acontece duas coisas: ou ele pega este empréstimo e engessa suas economias e os meses seguintes ou se torna inadimplente. No primeiro caso ele pára de consumir o que é péssimo para o mercado que vai vender menos, recolher menos impostos e demitir. E no segundo caso vai parar de consumir a prazo porque ficará sem crédito, com o nome sujo na praça. Aqui o mercado sentirá igualmente e os bancos e financeiras vão aumentar ainda mais os juros porque levará em consideração esta inadimplência.
Sobre inadimplência tanto o mercado comercial quanto o financeiro colocam o ingrediente risco na formação de preços; para bancos e financeiras o preço é a taxa de juros.
Infelizmente em todos os mercados e em todo o país as taxas de juros cobradas tem subido sistematicamente. De modo direto e rápido afeta a economia do Brasil.
Não mais apenas os setores produtivos mas toda a população esperam que o Governo Federal tome atitude urgente para que o país retome o rumo certo.
Precisamos ver e sentir ações concretas em benefício de todos para que o nível de confiança suba e todos voltem a investir, a produzir, comprar, vender e recolher impostos para que, aí sim, o Governo tenha recursos para fazer ações sociais.
Porque nos últimos tempos temos visto exatamente o contrário: um Governo inconsequente e corrupto!
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