quinta-feira, 28 de abril de 2016

Socialização


Estávamos em cinco pessoas numa sala de espera. Na mesa de centro estavam algumas revistas milimetricamente organizadas, a televisão ligada e falando prás paredes. E todas as pessoas daquele ambiente estavam conectadas.

Estava até engraçado aquela cena, todos de cabeça baixa olhando e teclando em seus celulares. E a secretária, entre um telefonema e outro, também mexia no celular.
De repente percebi que a pessoa que estava próxima de mim se espreguiçou, olhei para ela. Poucos segundos depois uma outra pessoa se levantou; uma terceira começou a conversar pelo telefone. Eu também parei de usar o celular, e sabem por quê?
Porque a conexão com a internet havia caído!

Infelizmente esta situação está mais comum do que imaginamos: pessoas próximas e distantes ao mesmo tempo.
Isso acontece em salas de espera, em veículos de transporte coletivo, em bares, restaurantes e até nas escolas. Estamos perdendo a noção do que é tecnologia, estamos permitindo nos tornar escravos de redes sociais, de aplicativos de comunicação e de e-mails. Na maioria das vezes não temos coragem de usar o botão desliga destes aparelhos que possuem conexão com internet e que nos colocam em contato com o mundo virtual e nos afastam do mundo real.

E este mundo físico é onde podemos olhar nos olhos, onde podemos sentir o calor e o valor de um abraço.
Onde podemos conversar sem usar carinhas para expressar sentimentos, mas podemos e devemos usar expressões faciais para denotar nossos verdadeiros e reais sentimentos.

Enquanto pessoas somos sim sensíveis e sociais. Carecemos de relacionamentos e precisamos dar e receber calor humano.
Porque nada supera um sorriso real e nada jamais vai substituir um carinho, um afago, um abraço e uma palavra amiga.

Me conteste quem nunca recebeu um cafuné nos cabelos! 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O quê mudou?


Desde a infância, nos primeiros anos escolares, que aprendemos algumas coisas importantes na história sobre a data de 21 de abril.

É o dia que marca a morte de Tiradentes, também é o dia em que foi inaugurada a bela cidade de Brasília e mais recentemente é o dia da morte de Tancredo Neves.

O Brasil era colônia de Portugal. Trabalhávamos muito para sustentar todo o luxo e riqueza da Corte. A cobrança de impostos era exagerada; pagávamos um quinto de tudo era extraído nas minas de ouro.

Em 21 de abril de 1960 foi inaugurada a cidade de Brasília, construída para ser a sede do Governo Brasileiro.

E em 21 de abril de 1985 morreu Tancredo Neves, primeiro presidente eleito, indiretamente, após a série de Presidentes Militares.

Uma data, um feriado e três comemorações. Tudo seria muito lindo e histórico se não fosse por alguns equívocos:
Comemoramos a morte de homem que talvez tenha sido o boi de piranha de um grupo que representava a voz da população, especialmente dos produtores, que não mais aguentavam pagar tantos impostos e sustentar uma elite que não trabalhava. 

Duzentos e vinte e sete anos depois eu pergunto:
O quê mudou?
Continuamos pagando muitos impostos e sustentando pessoas que não trabalham!
Mudou a carga tributária sim.
Hoje ela é muito maior do que na época da Inconfidência Mineira.
Mudou a quantidade de cargos na Corte; hoje existem muito mais pessoas orbitando no Poder Central vivendo de modo luxuoso e requintado às custas de pessoas de bem, mulheres e homens trabalhadores como eu e você.

A projetada cidade, hoje patrimônio mundial da Unesco, virou palco de tramoias, negociatas e uma sorte infindável de crimes contra o povo.

E Tancredo Neves, o homem que viveu da política e para a política, era uma esperança. Quase virou mito mas aí chegou o Big Brother e a nossa limitada cultura tratou de apagar a história.

Estamos exatamente num momento histórico para o país. Admitimos por longos anos a permanência de carrapatos em nossas vidas. Estamos pálidos, fracos e cansados de tanto que os aracnídeos nos sugaram o sangue. Mas desejo força e determinação para que, definitivamente, tenhamos coragem e condições para extirpar tudo o que nos avilta da justiça, da ordem e do progresso!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Há espaço para melhorar?



Tenho o hábito, sempre que me cumprimentam e me perguntam como estão as coisas, de responder:
Está tudo bem, mas há espaço para melhorar!

Por isso muitas pessoas me chamam de otimista, mesmo numa semana extremamente importante e delicada para o Brasil. Talvez a maioria da população ainda não tenha percebido mas, num futuro muito próximo, os livros de história, de política e também de Direito hão de dedicar capítulos inteiros ao momento pelo qual estamos passando. E os autores de economia, creio, estes vão escrever livros inteiros retratando as causas e efeitos desta crise histórica para nosso país.

No mês de março passado, em especial, a população foi às ruas. Hoje os movimentos populares continuam mas muito mais concentrados na Capital Federal. Os bastidores estão movimentados. Acordos e negociatas devem estar acontecendo a todo instante afinal, serão eles, os legisladores, nossos parlamentares que vão decidir o futuro de todos nós!

Precisamos nos manter alertas! 
Defender nossas convicções, quaisquer que sejam elas; oxalá sejam lúcidas, justas e que visem o bem da nação.
E enquanto isso continuaremos levantando cedo e indo trabalhar, indo à luta. Muitos destes guerreiros indo lutar para conseguir um emprego porque nos últimos meses, reflexo desta crise sem precedentes, muitas empresas fecharam e um número grandioso de outras estão com dificuldades severas.

Que Deus nos guarde!
Acredito que uma nova era está surgindo.
Que todos os homens públicos sejam, doravante, pessoas de bem, envolvidas com a sociedade porque verdadeiramente emergiram dela e um dia fatalmente serão novamente pessoas comuns.
E enquanto isso fiquemos vigilantes.
E não apenas, como disse cantor e compositor mineiro Zé Geraldo, "dando milho aos pombos"!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Treine e venda mais!




Me perguntaram recentemente porquê umas empresas atendem tão bem enquanto outras atendem tão mal?

A diferença salta aos olhos! 
É incrível como vendedores de uma loja podem ser dedicados e atenciosos enquanto outros esperam que você os chame e peça para ser atendido.

Um cliente me contou que recentemente esteve numa loja de artigos esportivos acompanhado de seu filho de 15 anos. Entraram na loja e se dirigiram até uma vendedora. Cumprimentaram-na e o pai disse a ela: quero dar um par de tênis para meu filho.
Ela imediatamente respondeu:
Que bom!
E se voltou para o rapaz e lhe perguntou que tipo de tênis ele queria, qual o modelo e qual a cor.
Quando o adolescente respondeu que não tinha definido e que gostaria de ver os modelos existentes, o semblante da vendedora mudou. 
Se transfigurou na imagem de uma pessoa tranquila para a imagem de uma pessoa que está diante da maior barreira que possa existir para fechar qualquer venda.

A vendedora, em verdade, claramente deu sinais de dificuldade e de preguiça.
Dificuldade em traduzir os anseios e vontades do garoto em opções e sugestões.
Preguiça de ouvir, de perguntar mais e de ir até o estoque checar o que havia.

Podemos definir que havia descaso e desinteresse em servir.
Mas por quê?
Qual é a razão desta ação?
Seguramente a vendedora não gosta de pessoas.
E, em segundo plano, a moça não possui nenhuma capacitação técnica para vender calçados.

Essa história nos leva a refletir:
- será que eu tenho feito a minha parte no contexto da empresa, contexto social e escolar?
- quanto custa atrair um cliente para dentro da loja?
- vale a pena investir em cursos em palestras?

Ora, claro que sim!
Pessoas tristes, de baixo astral atraem para a empresa energia negativa.
O contrário é verdadeiro:
Pessoas bem treinadas, com capacidade de desprendimento e que possuem garra, determinação e ação estão prontas para o que vir pela frente.
Uma pessoa que aceita uma tarefa, que topa um desafio esta é a pessoa que fará diferença.
Que saberá ouvir, entender e oferecer.

E quando se entende o cliente, quando seus olhos brilham por aquela mercadoria aí a venda está decidida. Situações como pagamento, se haverá entrega em domicílio entre outros são importantes e aí será o momento oportuno de estreitar relacionamentos, fazer vendas adicionais e formar clientela.

Então será a hora de fazer com que seus clientes se transformem em amigos; aliás, muito mais, que eles se transformem em curtidores e em fãs!
Porque os fãs são fiéis, te defendem e serão passionais por você, pela marca e por sua história!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Eu que lhe agradeço!


Na última semana eu estava em Belo Horizonte num movimentado cruzamento entre duas importantes avenidas.

Durou apenas 5 minutos o meu "castigo" de esperar um táxi. Assim que entrei no veículo eu cumprimentei o motorista e o agradeci por estar ali ao que, para minha surpresa, me respondeu:
"Eu que lhe agradeço por me 'dar' serviço."

Isso foi o início de uma agradável conversa até o meu destino. Falamos sobre carros, sobre o trânsito e sobre a situação atual. Me confidenciou que o antigo costume de trocar seu veículo de trabalho a cada dois anos foi modificado pela circunstância do país.
E que a demanda por serviços de táxis na capital mineira caiu bastante, infelizmente.

Triste situação que acompanha todos os setores. Em verdade precisamos de pouco para começar a mudar esta realidade. Exatamente hoje existem muitas pessoas apertadas financeiramente. Mas exatamente hoje também existem muitas pessoas prontas para comprar móveis, para trocar de carro, para reformar uma casa. E existem muitas empresas que querem investir de alguma forma mas estão esperando algo acontecer, esperando alguma ação vinda "da corte" que possa resgatar a esperança e a confiança em todos nós.

Posso assegurar, tão logo medidas macro aconteçam, tão logo o otimismo volte a reinar a economia dará sinais de recuperação, o consumo voltará a crescer e o Brasil irá, aos poucos, se reencontrar.

Então o meu "novo amigo taxista" trocará seu carro e lentamente todos iremos consumir mais e aí haverá mais empregos, mais renda e, claro, mais dinheiro nos cofres públicos para que o Governo faça sua real função com total zelo e respeito ao erário.