quinta-feira, 24 de abril de 2014
A Rã Gigante
Nos últimos dias um grande número de pessoas tem me procurado e me perguntado sobre o mercado. E quase todas estas pessoas, empresários e gestores de empresas, estão um pouco preocupados com o desenho financeiro-econômico deste quadrimestre inicial de 2014.
A maioria das projeções feitas em 2013 apontavam para um período, pós copa do mundo, um pouco preocupante. Alguns diziam que quase nada seria sentido porque as eleições manteriam o movimento comercial e um certo equilíbrio financeiro no país e que esta realidade possivelmente ocorresse até dezembro.
Mas para 2015 a realidade seria outra . . .
No último domingo visitei a cidade de Pirajuba cuja atividade econômica é baseada num tripé:
- agricultura e pecuária,
- operários de usina de cana e funcionários públicos e, pasmem,
- aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais.
Na última terça-feira um comerciante me informou, assustado, a baixa movimentação nos atacadistas da região do Brás em São Paulo, capital.
Ontem, uma engenheira que faz avaliação para a Caixa Econômica Federal se mostrou preocupada com a grande quantidade de imóveis vazios, disponíveis para venda e para locação na cidade de Uberlândia.
Este conjunto de situações me faz lembrar da história da Rã Gigante. Ela vivia num lago e afastava e ameaçava tudo e todos que se aproximassem do lago que era fonte de água para muitos moradores. Era quase impossível matá-la até que alguém teve a ideia de cozinhar a rã. E assim, aos poucos, os moradores foram aquecendo as águas do lago. Algum tempo depois, quando a água estava quentinha, a rã percebeu e até gostou. Mas a temperatura subiu, subiu e quando a rã percebeu o incômodo era tarde, a água estava fervendo e ela pouco pode fazer até encontrar a morte.
Será que aos poucos estamos aquecendo a água do Governo Federal?
É geral a insatisfação de trabalhadores, de empresários e do funcionalismo público.
Trabalhamos muitos dias para sustentar a Corte, seus excessos e seus desvios.
E por fim convivemos com a falta de gestão administrativa que culmina com uma agressão a Constituição Federal uma vez que falta saúde, educação e segurança entre outros.
Fúlvio Ferreira
Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.
fulvioferreirapalestrante.blogspot.com
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