Estávamos em cinco pessoas numa sala de espera. Na mesa de centro estavam algumas revistas milimetricamente organizadas, a televisão ligada e falando prás paredes. E todas as pessoas daquele ambiente estavam conectadas.
Estava até engraçado aquela cena, todos de cabeça baixa olhando e teclando em seus celulares. E a secretária, entre um telefonema e outro, também mexia no celular.
De repente percebi que a pessoa que estava próxima de mim se espreguiçou, olhei para ela. Poucos segundos depois uma outra pessoa se levantou; uma terceira começou a conversar pelo telefone. Eu também parei de usar o celular, e sabem por quê?
Porque a conexão com a internet havia caído!
Infelizmente esta situação está mais comum do que imaginamos: pessoas próximas e distantes ao mesmo tempo.
Isso acontece em salas de espera, em veículos de transporte coletivo, em bares, restaurantes e até nas escolas. Estamos perdendo a noção do que é tecnologia, estamos permitindo nos tornar escravos de redes sociais, de aplicativos de comunicação e de e-mails. Na maioria das vezes não temos coragem de usar o botão desliga destes aparelhos que possuem conexão com internet e que nos colocam em contato com o mundo virtual e nos afastam do mundo real.
E este mundo físico é onde podemos olhar nos olhos, onde podemos sentir o calor e o valor de um abraço.
Onde podemos conversar sem usar carinhas para expressar sentimentos, mas podemos e devemos usar expressões faciais para denotar nossos verdadeiros e reais sentimentos.
Enquanto pessoas somos sim sensíveis e sociais. Carecemos de relacionamentos e precisamos dar e receber calor humano.
Porque nada supera um sorriso real e nada jamais vai substituir um carinho, um afago, um abraço e uma palavra amiga.
Me conteste quem nunca recebeu um cafuné nos cabelos!