quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Negócio esconso!



Na semana passada eu estava num consultório e uma das revistas que estavam à disposição dos pacientes era um guia de compras.

A publicação era muito bem feita e tinha anúncios tanto de empresas quanto anúncios de imóveis. Entre eles um me chamou a atenção.

Tratava-se da venda de uma casa. Um imóvel antigo, sem garagem composto por poucos cômodos, um banheiro, cozinha pequena e quase sem quintal. O terreno é esconso. E o estado geral extremamente lamentável. De lá só se aproveita o terreno, que é pequeno. Apesar de estar no centro da cidade não é bom negócio.

Como eu não havia sido chamado para o atendimento continuei folheando. Em pouco tempo parti para a leitura de um jornal. E a matéria que mais me chamou a atenção foi a de um imóvel no centro da cidade que havia sido negociado por um significativo valor. E apesar das cifras serem expressivas a casa servia apenas para desmanche. Somente o terreno podia ser aproveitado. E mesmo assim com restrições porque ele é pequeno.

O curioso foi o fato deste imóvel ter sido usado para fazer média. Sim, a única explicação plausível é esta. Tudo além disto é balela. A explicação dada tem nenhuma pertinência, nenhum poder de convencimento. A construção não possui requintes de estrutura, nenhuma linha arquitetônica que seja admirável tampouco história.

Ora, então por que a casa foi comprada? 
Quem se beneficiou com este negócio? 
A população? 
Eu, você e quem mais ler este texto? 
Claro que não. Porque em verdade o quê nós, povo, queremos é saúde, educação e segurança. 
E o quê merecemos é respeito. 
E o lazer, bem este nós deixamos para o circo, talvez lá possamos fazer parte de alguma oficina de trapézio ou de malabares ou mesmo de fantoches.

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