Conheci tempos atrás um velho Escoteiro que sempre corrigia alguém quando ouvia a expressão "dar o nó".
Ele dizia que um escoteiro não dá nós e sim faz nós.
Ora, mas o que significa "nó" ?
Segundo os dicionários "nó significa laço apertado feito com fita, linha ou corda; estorvo; embaraço; grande dificuldade".
Mesmo que cada um de nós tenha uma preferência política, tenha ou não simpatia pelo Governo Federal é inegável que o atual estágio do Brasil sofreu um grande nó.
Não aquele laço feito por um garoto de calças curtas durante um acampamento mas sim aquele nó também chamado de estorvo, embaraço, grande dificuldade feito por pessoas adultas, que usam saias e calças compridas e em geral paletós. Por pessoas que deveriam mostrar comprometimento com a população e colaborar para que os nós não existissem, e mais, que estivessem "Sempre Alerta" para desfazer os nós que naturalmente surgissem.
Nas últimas semanas tomou corpo a proposta de se criar novo batalhão da Polícia Militar em Uberaba. Palmas para todos os envolvidos. Que venha o novo batalhão, com mais efetivo de militares, equipamentos e viaturas. Seguramente continuarão fazendo um bom trabalho. Recolherão aos presídios pessoas fora da Lei. E estas pessoas após presas encontrarão na mesma Lei amparo, assistência e benesses. Então, como diz um dedicado Coronel em nossa cidade, "vamos continuar enxugando gelo".
Mas até quando? O princípio da mudança deve vir de cima. Ou melhor, a mudança tem que começar aqui, nas bases, nas casas, nas ruas, nas empresas. Precisamos deixar de bajular detentores de mandatos e cobrar. Cobrar de maneira maiúscula e vigorosa, seja através da imprensa, seja através de manifestações pacíficas, seja através das urnas.
Não podemos mais tolerar que sobre nós sejam aplicados nós por verdadeiros nós cegos.
Não suportamos mais que homens e mulheres de "colarinho branco" continuem dando nós.
Precisamos sim, como dizia o fundador do Escotismo o militar inglês Baden Powell, de pessoas que saibam desfazer os nós!
Fulvio Ferreira
Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.
fulvioferreirapalestrante.blogspot.com
Tenho o hábito de segurar a porta para quem vem depois de mim. Seja numa agência bancária seja em outro tipo de estabelecimento. E não importa se a pessoa está entrando ou saindo, se é homem ou mulher, novo ou velho.
Nos últimos tempos tenho procurado observar a reação das pessoas ante este ato. E modestamente fiz uma pesquisa. Cheguei ao número de quase 20% de agradecimentos. Sim, apenas 20% das pessoas que recebiam uma gentileza tinham a capacidade de agradecer.
Ou seja, 4/5 da população, nestas circunstâncias, sequer me olhava, agradecer então...
Será que é o retrato da educação do brasileiro?
Ou será sinais de um tempo onde as palavras mágicas ficaram esquecidas?
Será que os pais não se lembram ou não aprenderam que "bom dia, boa tarde, por favor e muito obrigado" entre outros fazem parte da educação, abrem portas e mostram quem você ê?
Ou será que estou ficando velho e fora de moda?
Dias destes eu entrava em um prédio de luxo, o porteiro abriu a porta e quando fui entrar vi que a poucos passos vinha, de dentro, um jovem casal. Gentilmente os aguardei passar para, depois, eu entrar. Como agradecimento sequer me olharam. Em verdade perderam a chance de demonstrar educação, mais ainda, assinaram um atestado de falta dela. Talvez não demonstraram porque não receberam dos pais, talvez até receberam educação mas não aprenderam a usar.
Infelizmente demonstrações de falta de educação e desrespeito estão se tornando cada vez mais comuns nas ruas, nas escolas, no trânsito e também no meio empresarial e comercial.
Creio que o pré-escolar esteja fazendo falta ou o quê esteja fazendo falta seja a postura e a atitude dos verdadeiros pais na educação.
Será que estamos voltando ao tempo dos bárbaros ou
será que atualmente a maior manifestação de educação é apenas um "curtir" no Facebook?
Fulvio Ferreira
Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.
fulvioferreirapalestrante.blogspot.com
Era uma vez um vilarejo. Um lugar bonito, de gente bonita, de muitas festas e de muito glamour. Uma delas em especial, era "a festa". Trazia consigo outras tantas que orbitavam em torno dela e fazia com que aquele período fosse comentado por léguas e léguas de distância.
Apesar de ser de elite todo este evento, que na verdade se compunha por um grande conjunto de festas e negócios, também dava espaço e oportunidade para pessoas comuns, para os jovens e para as famílias. Era um grande momento de lazer e de geração de negócios.
Porém o tempo passou e algumas pessoas acharam por bem esvaziar aquela festa mor que era o grande núcleo das demais. Com o tempo esta grande festa se encolheu tanto que nem glamour tinha mais. E aquelas que vinham no seu embalo então . . . . . . deixaram de ter tanto brilho!
E aquele vilarejo que tradicionalmente via muitas pessoas de fora naqueles dias de festa perdeu em valor e em importância. E tudo se limitou aos negócios. Acabou o circo, acabou a festa!
Nada de novidades, nada de comidas diferentes e de bebidas. Nenhum turista, nenhuma notícia, nenhum atrativo.
E assim, ano a ano, aquele vilarejo que outrora já foi expoente viu o seu momento anual, o seu momento de glória se apequenar e se tornar nada mais que um encontro de negócios, uma reunião de poucos com altos valores e nenhum lucro, seja comercial, seja turístico ou tributário para aquele pobre vilarejo.
Será que pode haver retorno? Será que há interesse?
Fulvio Ferreira
Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.
fulvioferreirapalestrante.blogspot.com
No próximo domingo será comemorado o Dia das Mães.
As principais entidades ligadas ao comércio e sindicatos não tem escondido que as projeções de vendas deste ano estão um pouco menos otimistas que em outros.
Parte deste pouco otimismo se deve ao momento batom em que estamos vivendo. A Sede do Governo insiste em maquiar uma economia onde significativa parte da população está endividada, onde há empregabilidade apenas para salários baixos e de pouca capacitação e onde os pequenos negócios estão super arroxados com uma carga tributária elevada além da gana arrecadatória do Estado Mineiro.
Existem incentivos para o consumo porém eles atingem apenas as empresas grandes. Toda a população compra casa, carro e até mobília com incentivos governamentais mas que não existem para ramos do comércio que alcançam diretamente a micro e pequena empresa.
Os presentes mais procurados são aqueles que ficam entre as necessidades e as vontades.
Necessários como roupas e calçados;
da vontade como celulares, tablets, perfumes, flores e joias entre outros. Estes, via de regra, são estimulados pela propaganda.
E dentro de todas as opções, mesmo aquelas mais diferentes e que não estão no topo da lista dos mais desejados, algumas lojas vão vender mais que outras. Umas porque estão numa localização mais privilegiada; outras pelas opções de pagamento; e outras ainda pela variedade. Porém o maior diferencial se chama atendimento. Este é imbatível!
Entendemos que preço não é tudo, é apenas muito importante.
Ora vejamos, vários de nós espera longos minutos por aquele vendedor. Então pergunto o motivo? Não existe outra razão senão pela sua competência!
Por nos ouvir e nos entender e por fim por saber resolver nossas necessidades e vontades. Este é o maior diferencial que uma empresa pode ter.
Isso explica a diferença entre vender e atender.
Então, se o momento não é dos melhores é hora de prestigiar aquela empresa que investe em lay out, que investe na beleza da loja e conforto dos clientes, que investe em publicidade e, de modo especial, naquela que sabe valorizar sua equipe como um todo para que os vendedores saibam bem receber, acolher e servir os clientes!
Desejo, assim, um feliz Dia das Mães para todas as mães. Para a minha, para a sua e para a mãe dos meus filhos!
Fulvio Ferreira
Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.
fulvioferreirapalestrante.blogspot.com